18/08/2022
Emissões de CRA e de CRI estão a todo vapor em 2022
Os mercados de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) estão a todo vapor em 2022. É o que mostrou os dados do relatório Anbima, divulgado no início deste mês. Segundo o levantamento, as emissões de CRA entre janeiro e julho deste ano somaram o volume de R$ 26 bilhões, crescimento de 130% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as emissões atingiram R$ 11,3 bilhões.
Leia também
Nas emissões de CRI, as captações voltadas ao mercado imobiliário chegaram a R$ 24,4 bilhões, um incremento de 56,4% em comparação a janeiro e julho do ano passado, quando somaram R$ 15,6 bilhões. Juntos, os mercados de CRA e de CRI atingiram a marca de R$ 50,4 bilhões até julho deste ano.
Emissões de CRI ao longo dos anos
Os dados também chamaram atenção do time de securitização financeira da VERT Capital. Para Carlos Martins, diretor de securitização do grupo, um dos fatores que explica esse bom desempenho é o aprimoramento da parte regulatória das securitizadoras. “Tivemos esse ano tanto a entrada em vigor da Resolução CVM nº 60, que dispõe sobre as companhias securitizadoras, trazendo novas obrigações e subindo a régua no que tange à controles exigidos por essas companhias, como também o novo marco legal da securitização, que altera a regra para emissão de certificados de recebíveis, permitindo a utilização de outros tipos de crédito em operações securitizadas”, destacou.
Temos um ebook sobre as novas regulações das securitizadoras que pode ser baixado gratuitamente aqui.
Emissões de CRA ao longo dos anos
Em relação ao mercado de CRI, Martins lembra que o mercado vem se ajustando à nova realidade do nível de taxa básica de juros - no início deste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic de 13,25% ao ano para 13,75% ao ano – a alta foi de 0,5 ponto percentual. Economistas e analistas do mercado indicam, no entanto, que a Selic deve permanecer no patamar atual até maio do ano que vem.
Ao todo, o mercado de capitais já captou R$ 317,9 bilhões de janeiro a julho deste ano. Foi um crescimento em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a captação havia atingido R$ 315,4 bilhões.