Institucional

VERT avança na administração de fundos

11/9/2025

Securitizadora reúne nos primeiros meses de operação no novo segmento o triplo do volume administrado previsto para o ano, diz sócia.

Notícia originalmente publicada em 11/09/2025 por Rita Azevedo no Valor Econômico.

Quase uma década após se lançar como uma securitizadora, responsável por transformar ativos como recebíveis futuros em títulos negociáveis, a VERT deu novos passos neste ano para atuar como administradora de fundos. O resultado dos primeiros meses superou as expectativas, segundo Fernanda Mello, que comanda a companhia. “Nossa projeção era encerrar 2025 perto de R$ 3 bilhões sob administração e até agora chegamos aos R$ 10 bilhões”, diz.

A VERT começou a testar a administração de fundos em 2024, após obter licença para atuar como distribuidora de valores e títulos mobiliários (DTVM) no fim de 2023.

“Era um caminho natural. Desde 2019, quando passamos a atuar na gestão de FIDCs [fundos de investimento em direitos creditórios], começamos a sentir um pouco das dores que o mercado já reclamava, como a existência de sistemas de administração muito engessados, que não permitiam estruturas diferentes, e o atraso no repasse de informações, que atrapalhava muito o nosso serviço”, diz.

A VERT pretende trabalhar, em um primeiro momento, com a administração de FIDCs, Fiagros e fundos imobiliários, mas pode ampliar a atuação para outros tipos, como os de investimento em participações (FIP), dependendo da demanda do mercado, afirma.

No ecossistema de fundos, o gestor é a figura mais conhecida, com suas atribuições concentradas nas decisões sobre compra e venda de ativos, mas é o administrador o responsável pela estrutura, pela contratação de prestadores de serviços e por manter a relação com órgãos reguladores.

Mello criou a VERT, ao lado de Martha de Sá e Victória de Sá, em 2016, como uma securitizadora voltada para o agronegócio, mercado no qual já atuavam. Em 2012, quando eram sócias minoritárias da Octante, lançaram os primeiros certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) do Brasil, para a Syngenta e para a Bunge.

Já na VERT, elas fizeram a primeira debênture de securitização de créditos financeiros do mercado brasileiro, para o banco BMG, em 2017. O instrumento foi o “carro-chefe” da empresa por muito tempo, diz Mello. Em 2022, também lançaram o primeiro certificado de recebível (CR), após uma mudança na lei que permitiu que empresas de qualquer setor pudessem emitir esses títulos.

“Começamos como uma butique, muito mais próxima de estruturação dos produtos e da securitização, e migramos para sermos prestadores de um serviço mais técnico, para um mercado que ainda é novo no Brasil”, diz.

A securitização, segundo Mello, não será deixada de lado. Desde a criação da VERT, foram estruturadas mais de 350 operações, que somam cerca de R$ 56 bilhões. “Conhecer o produto, ativos mais estruturados e que demandam precificação mais específica, foi o que permitiu crescer em fundos. Não vamos abandonar esse mercado, que está bem aquecido agora”, afirma.

Outra frente que tem sido explorada pela VERT é a “tokenização” de ativos, tema que também está no radar de outros participantes do mercado de crédito, como a Opea. “Não é um mercado consolidado e ainda [está] sem uma regulamentação definida, mas vemos como oportunidade para trazer novos investidores para os papéis de securitização”, afirma Mello.

Em julho, a VERT lançou uma plataforma baseada em blockchain para operações de crédito em parceria com a Ripple, de tecnologia financeira. A primeira operação registrada foi uma emissão de CRA, de cerca de R$ 700 milhões. Também em julho, a companhia anunciou uma parceria estratégica com a XDC Network para tokenizar US$ 1 bilhão em ativos do mundo real (RWA) nos próximos 30 meses.

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Redação VERT

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